Saúde das Crianças: Meu Filho tem síndrome Down! E agora o que faço?
Meu Filho tem síndrome Down! E agora o que faço?
MOMENTO DA NOTÍCIA
Ao nascimento de uma criança com síndrome Down, as duvidas, incertezas e inseguranças são muitas, tanto no que tange à saúde da criança como
sobre o seu potencial de desenvolvimento imediato quanto às possi-
bilidades de autonomia futura e qualidade de vida. Tais sentimentos
convivem ainda com a dificuldade de aceitação do filho que nasceu
diferente dos seus anseios.
O apoio de profissionais capacitados neste caso é fundamental para
o ajuste familiar à nova situação, favorecendo as possibilidades de
tratamento com vistas à saúde física, mental e afetiva da criança.
Neste sentido, o momento da notícia do nascimento de uma criança
com síndrome Down, tem impacto na aceitação da família e na sua disposição e
adesão ao tratamento. Espera-se do profissional que transmite a no-
tícia, uma postura humana e ética, que garanta acolhida e informação
adequada à família.
É recomendável que algumas diretrizes sejam levadas em conta para
a comunicação da suspeita ou do diagnóstico da síndrome Down à família:
1. A comunicação quanto a suspeita diagnóstica ou quanto
o diagnostico de SD deve ser feita quando sinais e sinto-
ma característicos sejam identificados por mais de um
membro da equipe;
2. A comunicação à mãe deve ser feita preferencialmente
na presença do pai, ou na sua ausência, de outro mem-
bro da família que represente um relacionamento signi-
ficativo;
3. Antes da noticia é importante que a mãe e o pai tenham
tido a oportunidade de ver, acariciar e amamentar o re-
cém-nascido criando o vinculo com o bebe e evitando
idéias fantasiosas após o diagnóstico;.
4. O local deve ser reservado e protegido de interrupções;
5. O pediatra deve ter tempo disponível para comunicar o
diagnóstico ou a suspeita de síndrome Down, informar o que isso sig-
nifica e orientar quanto aos exames e encaminhamentos
necessários;
6. Durante o exame físico, mostrar para os pais quais as ca-
racterísticas fenotípicas da síndrome Down que levaram ao diagnós-
tico clínico;
7. Recomenda-se que desde o primeiro contato, parabeni-
zar os pais, chamar o bebê e os pais pelos respectivos
nomes; e
8. As informações, ainda na maternidade, devem ser ape-
nas as essenciais para que a família crie o vinculo com o
bebe e compreenda a necessidade dos exames e proce-
dimentos solicitados. O encaminhamento para os profis-
sionais que darão continuidade ao acompanhamento do
bebe deve ser reforçado e esclarecer a família que este
profissional irá complementar as informações gradual-
mente
durante o atendimento e o acompanhamento de uma criança com
SD é importante ressaltar que a palavra “síndrome” significa um con-
junto de sintomas e “Down” é o nome do medico que pela primeira
vez o descreveu. Recomendamos ainda evitar a palavra “portador”,
pois SD não é algo que se leva junto a si, como uma mochila, mas sim
é um jeito diferente de estar na vida, ou seja, é uma condição de vida,
nos referimos a pessoa com síndrome Down.
A etiologia deve ser abordada de forma simples, buscando o enten-
dimento da família e pode ser necessário mostrar um cariótipo e ex-
plicar o que ele significa. Explicar que aquele conjunto de cromos-
somos traz as informações genéticas de cada indivíduo, e quando
está alterado para mais ou para menos, caracteriza uma síndrome
genética cromossômica e que este material genético está presente
em todas as células do organismo. No caso da SD existe um cromos-
somo 21 a mais que é o responsável pelas características clínicas da
SD. Não existe cura para a SD, mas é importante salientar que existe
tratamento e que ele é fundamental para que a pessoa com SD possa
conquistar maior autonomia e qualidade de vida no futuro. Discutir
com os pais a etiologia é importante no sentido de diminuir dúvidas
e sentimentos de culpa.
Enfatizar que o cuidado com o bebê e com a criança será comparti-
lhado entre a família e a equipe multiprofissional, e que a família não
estará sozinha e sem apoio neste processo. Por se tratar de uma alte-
ração de origem genética, pode ser necessário o encaminhamento a
uma consulta de Aconselhamento Genético com medico geneticist.
Fonte: Brasília – DF 2012 Diretrizes de Atenção à Pessoa com Síndrome de Down
- Saúde das crianças: A Síndrome de Down
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